UBS aponta que duas fabricantes de chips têm potencial para ganhar com avanços na computação quântica

 

A computação quântica está emergindo como uma das tecnologias mais disruptivas do século XXI, prometendo transformar setores como saúde, finanças, inteligência artificial e segurança cibernética. Recentemente, o banco UBS destacou que duas fabricantes de chips estão bem posicionadas para se beneficiar dessa revolução tecnológica.

O que é computação quântica?

Diferente dos computadores tradicionais, que utilizam bits para processar informações como 0 ou 1, os computadores quânticos utilizam qubits, que podem representar múltiplos estados simultaneamente devido ao fenômeno da superposição. Isso permite que eles realizem cálculos complexos de forma exponencialmente mais rápida. No entanto, a tecnologia ainda está em estágio inicial e enfrenta desafios significativos, como a correção de erros quânticos e a necessidade de ambientes extremamente controlados para operar.

UBS identifica oportunidades no setor de semicondutores

Embora o UBS tenha abandonado esforços anteriores para aplicar computação quântica em negociações financeiras, a instituição reconhece o potencial da tecnologia no setor de semicondutores. Analistas do banco observaram que a fabricação de chips para computadores quânticos compartilha muitos processos com a produção de semicondutores tradicionais. Isso coloca empresas como a GlobalFoundries e a Intel em uma posição estratégica para se beneficiar do crescimento da computação quântica.

GlobalFoundries

A GlobalFoundries, uma das principais fabricantes de chips sob contrato, está estabelecendo parcerias com empresas do setor quântico. Essas colaborações visam aproveitar a experiência da empresa em processos avançados de litografia para desenvolver chips quânticos mais eficientes. A sinergia entre as tecnologias de fabricação de semicondutores e os requisitos da computação quântica pode acelerar a produção em larga escala de dispositivos quânticos.

Intel

A Intel, gigante do setor de semicondutores, também está investindo em computação quântica. A empresa sugeriu que seu chip de 12 qubits pode utilizar tecnologia de litografia de ponta para criar padrões intrincados em wafers de silício. Essa abordagem aproveita os avanços existentes na fabricação de semicondutores para desenvolver componentes quânticos mais precisos e escaláveis.

O futuro da computação quântica

O UBS projeta que o mercado de computação quântica alcance uma capitalização de mercado de US$ 300 a 400 bilhões até 2030. Embora ainda em estágio inicial, a tecnologia está ganhando impulso à medida que governos e investidores privados direcionam recursos para seu desenvolvimento. A computação quântica tem o potencial de complementar sistemas computacionais existentes, lidando com cargas de trabalho específicas que são inviáveis ou altamente ineficientes para o hardware clássico.

À medida que a computação quântica continua a evoluir, empresas de semicondutores como a GlobalFoundries e a Intel estão bem posicionadas para liderar essa transformação. A colaboração entre a indústria de semicondutores e o setor quântico pode acelerar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, impulsionando avanços significativos em diversas áreas. Investidores atentos a essas tendências podem encontrar oportunidades promissoras no horizonte.(investing.com)